quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Luís Cardim




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No blogue presença, dedicado à revista coimbrã e aos seus autores, encontro esta dedicatória de Alberto de Serpa ao cascaense Luís Cardim. E, ainda, as magníficas reproduções que ficam em cima, num significativo post. Recorde-se que, de geração anterior e fundamentalmente elemento da Renascença Portuguesa, Cardim foi também colaborador ocasional da «folha de arte e crítica». E o nosso Branquinho da Fonseca, um dos directores, é lá assídua presença, como não podia deixar de ser.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

poesia de cascais #8 - Fernando Grade


ROCHAS DA BAFUREIRA

«Que é o amor senão uma fera espiritual
feita de todos os animais carnívoros?»
(Teixeira de Pascoaes)

São três aves sobre o mar calminho, rés
ao vento que corre pouco, sol de cardos.
Já não trazem mortos nem sal no convés
os barcos que vejo, mas trazem leopardos.

Viúvas do mar, quem vos amaldiçoa
no país de limo, com sonhos à ré?
Sabres, lenços, lágrimas de bacalhoa:
não há bicho algum que morra jacaré!

Oh brumas de cal que pesco, cheiro e caço,
os meus beijos têm saliva de lacrau,
e as ondas que afago fazem lembrar o aço...

No areal em chamas, com pedras e paus,
há guinchos de vermes, larvas de sargaço
-- e o cio da gaivota tem sede de caos.
 
Golf
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