senhor poeta desculpe mas deveria por nascido em Cascais ser mais respeitador você que tem olho para o brilho do brunido nunca notou o inconfundiveloso ar com que os testas-coroados esvoaçam a baía? não lhe chegariam a si os dedos das suas quatro curtas proletárias extremidades para atingir o número de avenidas que na sua simpática vila têm nome de rei ou arquiduque-passa graças a deus que os seus camariosos têm sido ao presente bem nascida e não se dimentique tivesse o yacht areado noutra areia anadaria agora o poeta aos polvos sem aprender a usar gravata-laço senhor poeta desculpe mas deveria ser no que escreve um ponto menos grosseirote ser mais à reverência e não causar com o seu verso francamente vil, baixote à hora do almoço do exílio ao domicílio tanto alvoroço tanto quezílio tanto embaraço
Discurso lido na sessão inaugural da abertura das aulas da Escola Naval, no dia 11 de Outubro de 1930.
Senhor Presidente da República
Meus Senhores
Camaradas:
Sendo hoje a primeira vez que se reaiza uma sessão inagural da abertura das aulas da Escola Naval, na vigência do regimen republicano, é justo que comece por prestar a mais sincera e saudosa homenagem aos ilustres professores que abandonaram o magistério após o anos de 1910.
A. Fontoura da Costa, A Evolução da Pilotagem em Portugal, Lisboa, Imprensa da Armada, 1931, p. 5.