segunda-feira, 27 de julho de 2009

poesia de cascais #18 - José Gomes Ferreira



Areia

II

(Tenho uma casa alugada nos Lombos,
perto da praia de Carcavelos, onde todas
as manhãs convivo com os deuses.)

Quem és?

Tu que deixaste no céu pegadas de nuvens
e atravessaste o mar
com pés de espuma
para depois te perderes no bosque
vestida de areia
e farrapos de ventanias?

Quem és? Quem és?

(Sou eu a acrescentar o mistério do mundo
farto deste mistério de todos-os-dias.)

quinta-feira, 23 de julho de 2009

José da Cunha Brochado (Cascais, 1651 -- Lisboa, 1733) - CARTAS

PRÓLOGO DO AUTOR
As muitas cartas particulares que fui obrigado a escrever, assistindo em Paris, em resposta das que recebia de pessoas que me honravam com a sua correspondência, ou que escrevia para conservar a sua amizade, ficavam copiadas, sem ordem, em papéis separados, porque a sua matéria não era necessária para justificar a contextura e progresso de alguma negociação recatada em cartas de ofício. Algumas destas cópias se acharam entre os meus papéis, que fiz transcrever neste peqeuno volume, para obedecer às suaves e honradas importunações de alguns amigos.
José da Cunha Brochado, Cartas, selecção, prefácio e notas de António Álvaro Dória, Lisboa, Livraria Sá da Costa Editora, 1944, p. LXXIII.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A. Fontoura da Costa. Um capitão de longo curso na História dos Descobrimentos (1)

Apresentação de «A. Fontoura da Costa e a Marinharia dos Descobrimentos», exposição bibliográfica e documental patente no Museu do Mar, entre 18 de Maio e 31 de Outubro de 1997 [policopiado]
Uma exposição evocativa da figura do historiador e oficial de Marinha Abel Fontoura da Costa justifica-se só por si num espaço como o Museu do Mar. Há, porém, um outro aspecto que muito contribuiu para a realização desta pequena mostra. Fontoura da Costa foi munícipe do concelho de Cascais. A casa que mandou edificar em 1920, e onde viria a falecer -- no "Casal da Trindade", em S. Pedro do Estoril (então, Cai Água), tendo o mar como horizonte, amplo jardim e pomar onde coexistiam pássaros de vária espécies, em gailodos e em liberdade (1) --, serviu em grande parte como local de recolhimento para a elaboração da totalidade da sua obra historiográfica.

(1) Ver Calos Garcez de Lencastre, «Evocando Fontoura da Costa», prefácio a Às Portas da Índia em 1484, 2.ª ed., facsimilada, Lisboa, Edições Culturais da Marinha, 1990.

(continua)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A. H. de Oliveira Marques (Cai-Água / S. Pedro do Estoril, 1933 - Lisboa, 2007) -- HANSA E PORTUGAL NA IDADE MÉDIA (1959)

Palavras de agradecimento

Seria difícil agradecer a todos aqiueles que nos auxiliaram na execução e conclusão deste trabalho, que fornecendo-nos elementos bibliográficos ou arquivísticos, quer sugerindo-nos hipóteses ou modificações, quer ainda ajudando-nos, por um incitamento, uma palavra amiga, um simples testemunho de apoio moral.

Hansa e Portugal na Idade Média, 2.ª edição, Lisboa, Editorial Presença, 1993, p. 9.
 
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