quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Nadir Afonso (Chaves, 4.II.1920 -- Cascais, 11.XII.2013)

O grande Nadir Afonso, tão cosmopolita, tão único, tão ligado a Cascais.

P&R [pergunta e resposta] - Pedro Burmester

Porque é que depois, no meio de um programa clássico, incluis Fernando Lopes-Graça, que nunca tinhas tocado, e Gyorgy Ligeti, dois compositores mais contemporâneos?  Lopes-Graça é um compositor extraordinário. Um dos mais importantes vultos da cultura portuguesa do século XX, a par de um Pessoa, ou de um Saramago. Não é um compositor fácil, nem para tocar, nem para ouvir. Não cede nunca a facilitismos, muito coerente, muito sério no seu trabalho, com um conhecimento da escrita incrível, e que vai beber quase sempre à grande riqueza da música tradicional portuguesa. Simbolicamente, esta é a primiera obra que escreve para piano, em 1923. Portanto, é uma obra já com quase 100 anos. Mas já lá está tudo. É uma variação sobre um tema tradicional português, que ele não explica qual é. Espero que esta seja a primeira de mais obras de Lopes-Graça que gostaria de tocar no futuro.
Entrevista a Valdemar Cruz, Expersso / Actual #2145, 7.XII.2013.
 
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