CONTRADIÇÃO
Amo a tranquilidade e detesto o barulho
É este o meu feitio, o meu modo de ser...
Mas sendo assim como é que eu posso conceber
O amor que tenho ao mar em que altivo mergulho?
É de noite, é de dia, é contínuo o marulho
Das ondas, da ressaca, as pedras a varrer,
Altas cristas lambendo, areias a mover,
Num eterno labor que é todo o seu orgulho!
E eu que adoro o sossego, a paz, a calmaria,
Das coisas e dos ser's, banal contradição!
Admiro horas sem fim toda esta agitação
Que o meu cérebro invade e a minha alma extasia,
Que me ergue o pensamento, a força que me anima,
Cá de baixo da Terra aos altos Céus lá cima.
terça-feira, 20 de abril de 2010
linhas do horizonte - João Correia Ribeiro
Etiquetas:
João Correia Ribeiro,
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mar,
poesia
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