domingo, 18 de janeiro de 2009

poesia de cascais #10 - Levi Condinho



DEVANEIOS

As Tentações de Santo Antão do Bosch
nas Janelas Verdes

O Ornette Coleman em Cascais

Nós fornicando na mata do Cabeço de Deus

O Quintelas bêbado a beijar todos os amigos

Pierrot-le-Fou

Beijar bocas de mulher por aí fora

Eugénio de Andrade Herberto Helder
Cesário Verde José Gomes Ferreira
Paul Éluard etc. etc.

A Suzete a sorrir-me ao balcão
do Banco na Marinha Grande

Canto Gregoriano à meia noite
frente a uma garrafa de vinho

A minha avó a dizer-me que
o Django Reinhaardt era a música do demónio
-- tinha eu 16 anos

O António Serafim a descrever
uma caldeirada no Montijo

Porra que não vou ser capaz de morrer

4 comentários:

José Manuel Marinho disse...

Interessante espaço que vou seguir. Poema corrosivo à Pacheco. Tudo de bom. Vai uma visita ao poemar-te?

Ricardo António Alves disse...

Certamente, obrigado.

jugioli disse...

O sublime no eterno.
Para que morrer?

Ju

Ricardo António Alves disse...

Olá Ju. É verdade, viva a vida!

 
Golf
Golf