Ler e a Personalidade de Homero, datado de 1943 [...] . São 60 000 palavras e gráficos de um ensaio dedicado à memória de Sá-Carneiro, Ângelo de Lima, Pessoa e Raul Leal, de Santa Rita, Amadeo e Viana, a Sara Afonso, sua mulher, e aos pintores cubistas e a Matisse, num sítio de Portugal, na sua casa de Bicesse, o Fim-do-Mundo mais perto de Lisboa, cidade de Ulisses, junto à Serra da Lua...
José-Augusto França, O Essencial sobre Almada Negreiros, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2003, pp. 64-65.
2 comentários:
Já no outro dia vi aqui esta referência a este senhor mas nada disse.
Hoje, pensando melhor, deu-me para comentar que tinha admiração por ele em razão dos livros que escreveu no domínio da história e filosofia da arte. Perdi toda essa admiração quando José-Augusto França apareceu na nossa faculdade (FBAUL) em meados dos anos 90 nomeado pelo reitor para cumprir a triste figura de presidir a uma comissão de averiguações tendenciosa para a conjuntura política que vivíamos internamente (os anos 90 foram quentes: entrada da ESBAL na UL e conversão em FBAUL, luta contra o aumento de propinas, ocupações da faculdade e convulsões várias, etc). Fiquei nessa altura vivamente convencido de que este senhor era um indivíduo rancoroso que, por ter desejado, na sua juventude, estudar naquela instituição sem o ter conseguido, acalentava uma raiva secreta contra os artistas académicos. Fiquei-lhe com má impressão, sinceramente. Se bem que eu bem possa estar enganado no meu juízo...
Pois, meu caro, não sei que lhe diga... Sou admirador do seu trabalho; pessoalmente, estive apenas uma vez com ele, e achei-o uma pessoa acessível, embora reservada. Um conhecimento superficial, enfim.
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