segunda-feira, 9 de julho de 2007

Maria Archer



Maria Emília Archer Eyrolles Baltazar Moreira (Lisboa, 4-I-1905-24-I-1982).


Maria Archer é uma das principais mulheres escritoras portuguesas, talvez a grande ficcionista da primeira metade do século. Senhora duma prosa segura e elegante, a que se acrescenta uma mundividência invulgar aliada a uma origem familiar da alta burguesia, que lhe proporcionou ilustração e cosmopolitismo, os seus livros reflectem a condição de mulher emancipada e feminista com um arrojo inusitado e arriscado para o seu tempo -- o que lhe valeria perseguições e apreensões das suas obras. Maria Archer, exilada no Brasil na década de 1950, será uma das vozes da Oposição ao salazarismo. Regressa depois do 25 de Abril, pobre e desiludida, resguardando-se num asilo até à sua morte.

Se nós, portugueses, tivéssemos mais brio no nosso património, a obra de Maria Archer não estaria, com duas excepções, confinada aos alfarrabistas. Obra que se estende pelo romance, contos, novelas, teatro, literatura juvenil e policial, ensaística, divulgação etnográfica, panfleto político, poesia... É autora, de parceria com Branca de Conta Colaço, das Memórias da Linha de Cascais (1943).

O prefácio de Gilberto Freyre a Herança Lusíada (s.d.)
Nota biográfica: Instituto Camões, de Dina Botelho
Na blogosfera: Olho da Letra


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