segunda-feira, 2 de julho de 2007

Um caso de família

Uma boa parte da minha família materna é de Cascais. Tive uma trisavó que viveu no Alto do Moinho Velho. Toda a vida aqui morei, entre Cascais e o seu termo -- onde está a antiga aldeia saloia do Cobre, a que há pouco regressei passado um quarto de século -- e o Estoril, «um mundo fora do mundo», como lhe chamou Jaime Cortesão uma década antes do meu nascimento, e que, cosmopolita e arejado, nesse ano de 1964 pouco tinha que ver com o resto do país. O Cemitério da Guia vai sendo, por sua vez, uma morada de família que surpreendentemente encaro de forma apaziguadora.
Este blogue é pessoalíssimo e não tem agenda. Nem interesse ou veleidades de intervenção cívica, o que não significa que não possa vir a tomar posição em favor de algo que lhe diga respeito e necessite ser defendido ou apoiado. Cá virei sem datas marcadas; somente quando me apetecer, ou tropeçar em algo que goste de partilhar. O que me importa é continuar aqui o que noutros locais fiz: encontrar-me no Cascais e no Estoril que me pertencem: o da escrita, do património, do jazz, do rock, da história, dos pescadores, dos reis, dos saloios, do mar, da minha memória e da dos meus neles.

4 comentários:

ana v. disse...

A propósito do Estoril, que também é o meu "poiso de alma", convido-o a visitar o Porta do Vento e o título "Já Ouviu falar?" que postei recentemente.
Até já, vizinho.

AV

Ricardo António Alves disse...

Sem dúvida. Muito obrigado, vizinha. Apareça!

Alonso Torres disse...

Ótima surpresa encontrá-lo (pelo menos virtualmente) aqui no seu blogue. Saudade dos amigos portugueses, pena que Brasil e Portugal sejam tão distantes fisicamente (porque afetivamente, ainda bem, a distância é muito menor!). Um forte abraço!

Ricardo António Alves disse...

Oh meu querido Amigo! Há que tempos estou para lhe escrever! A preguiça dá cabo de mim... A nossa Castriana está no prelo. Está prometido, vou pôr a escrita em dia, em breve. Grande abraço.

 
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