segunda-feira, 27 de julho de 2009

poesia de cascais #18 - José Gomes Ferreira



Areia

II

(Tenho uma casa alugada nos Lombos,
perto da praia de Carcavelos, onde todas
as manhãs convivo com os deuses.)

Quem és?

Tu que deixaste no céu pegadas de nuvens
e atravessaste o mar
com pés de espuma
para depois te perderes no bosque
vestida de areia
e farrapos de ventanias?

Quem és? Quem és?

(Sou eu a acrescentar o mistério do mundo
farto deste mistério de todos-os-dias.)

4 comentários:

A disse...

Contracena,
Ora aí está um mistério: o de não ter a certeza de ter percebido...

Ricardo António Alves disse...

Que poderei dizer, caros amigos, a não ser que voltem mais vezes, para se certificarem disso mesmo?...
Contracena: alegra-me que também se tenha encontrado por aqui...
Austeriana: há em alguma poesia uma margem de indeterminação e de liberdade que me agrada.

Ricardo António Alves disse...

Também eu... :|

A disse...

Também eu! :)
Adoro por mistérios! Errei na profissão... devia ter ido para CSI!

 
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